Corpo Editorial
Fundador: Dr.Mequias Fonseca Lima
Comitê Científico:
Dr. Phd Márcio Kalikrates Stanojev Pereira.
Dra. Vanja Maria Azevedo Kalikrates Stanojev
Dr. Dionel da Costa Junior
Dr.Raimundo Neves Ozier
Publicação: Trimestral
Editor rersponsável:
Prof. Dr. Dionel Da Costa Junior.
Autor Corporativo:
Startup Millenium
Rua Francisco Rodrigues Seckler, 608 – Itaquera- São Paulo – SP.
Editorial
COP-30
Como a conferência é um evento de negociações complexo e está em andamento (com a data de hoje sendo 15 de novembro de 2025), o progresso é contínuo e todas as áreas do conhecimento científico estão interligadas para a adoção de atitudes que levem o mundo a recuperação e normalização do clima e a Educação, não apenas a Ambiental, a Educação em sí tem uma notada centralidade nestas ações todas. No entanto, os seguintes avanços e destaques foram noticiados até o momento:
Financiamento e Florestas
Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF):
Foi anunciado o compromisso de mais de US$ 5,5 bilhões para este fundo, com o endosso de 53 países. O objetivo é recompensar a manutenção e a recuperação de florestas tropicais, preenchendo uma lacuna crítica no financiamento ambiental.
O TFFF (do inglês, Tropical Forests Forever Fund) é uma iniciativa nova e significativa de financiamento climático focado diretamente na preservação e recuperação das florestas tropicais.
Objetivo Central:
Criar um mecanismo de financiamento que recompense os países e as comunidades pela manutenção das florestas em pé e pelo sucesso na sua recuperação.
Mecanismo:
Diferente de outros fundos que apenas financiam projetos, o TFFF tem a intenção de complementar e preencher lacunas no panorama financeiro ambiental, reconhecendo o valor intrínseco e os serviços ecossistêmicos prestados pelas florestas (como a absorção de carbono).
Compromisso:
Na COP30, foi anunciado o compromisso de mais US$ 5,5 bilhões para o Fundo, com a adesão inicial de 53 países. A expectativa é que este recurso possa multiplicar significativamente os orçamentos dedicados ao meio ambiente nos países com florestas tropicais.
É uma resposta à necessidade urgente de mobilizar recursos para a proteção florestal, que, segundo estimativas do PNUMA – Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente_, exige mais de US$ 66,7 bilhões por ano globalmente.
Financiamento Climático:
O tema do financiamento é um dos mais polêmicos e centrais. A Presidência da COP30 busca avançar em um mapa para mobilizar um novo objetivo coletivo quantificado de financiamento climático NCQG (do inglês, New Collective Quantified Goal on Climate Finance ), com a meta ambiciosa de US$ 1,3 trilhão .
Adaptação e Saúde
Adaptação Climática na Saúde (AdaptaSUS): O Brasil lançou um Plano de Ação em Saúde para adaptar os sistemas de saúde aos impactos das mudanças climáticas, sendo o primeiro plano internacional dedicado a esta área. O objetivo é tornar hospitais e unidades de saúde mais resilientes e desenvolver tecnologias de monitoramento e prevenção.
O Plano de Ação em Saúde é uma iniciativa para adaptar os sistemas de saúde globais aos riscos e impactos da crise climática.
Reconhecimento da Crise:
O plano parte do princípio de que uma emergência climática é, fundamentalmente, uma crise de saúde pública . Eventos extremos como o calor excessivo, inundações e fumaça de incêndios florestais causam estresse térmico, aumentam doenças respiratórias e favorecem a terapêutica de vetores de doenças infecciosas (como dengue e leptospirose).
Objetivo:
Promover a adaptação e resiliência dos sistemas de saúde em todo o mundo. A versão brasileira, chamada Adapta SUS, foi lançada durante a COP30, com 27 metas a serem cumpridas.
Bases de Estrutura:
A proposta global, de adesão voluntária, é estruturada em torno dos pilares principais, incluindo:
Vigilância e Monitoramento:
Para rastrear e prevenir contaminações e riscos causados pelas mudanças climáticas (água, ar, etc.).
Inovação e Saúde Digital:
Para desenvolver novas tecnologias e pesquisas que atendam às necessidades de saúde da população sob novos riscos climáticos.
Princípios: O plano foca na Equidade em Saúde e na Justiça Climática , visando combater as desigualdades sociais e econômicas que tornam certas populações mais vulneráveis aos impactos do clima. O objetivo é garantir que os hospitais e unidades de saúde sejam mais sustentáveis e capazes de resistir a eventos climáticos extremos.
Meta Global de Adaptação (GGA)
Um esforço significativo está em curso para estabelecer um conjunto de indicadores para monitorar e medir o progresso da adaptação climática, um tema que a Presidência brasileira tem sugerido enfatizar.
Metas Nacionais (NDCs) e Ações
Entrega de Metas Climáticas (NDCs) ( Contribuições Nacionalmente Determinadas ).: Até o momento, mais de 111 países já entregaram seus relatórios de metas climáticas (Contribuições Nacionalmente Determinadas ou NDCs). Isso é crucial, pois os planos nacionais devem ser atualizados a cada cinco anos, em conformidade com o Acordo de Paris, para aumentar a ambição.
Iniciativa Global sobre Empregos e Habilidades:
Foi lançada uma iniciativa que visa integrar empregos e habilidades às estratégias econômicas e climáticas, estimando que a transição climática possa criar cerca de 375 milhões de novos empregos na próxima década.
Outras Decisões e Diretrizes
Diretrizes Parlamentares:
Parlamentares de 47 países aprovaram 25 diretrizes para enfrentar a crise climática, destacando a transição energética justa , a adaptação climática e a proteção de povos indígenas e comunidades tradicionais.
Questões Transversais:
Estão em discussão a integração sistemática do clima em investimentos e seguros, financiamento para adaptação e compras governamentais que integram o clima.
É importante notar que, embora existam avanços e acordos importantes, as negociações em torno de temas como o fim do uso de combustíveis fósseis e o financiamento climático de longo prazo continuam sendo pontos de grande debate e onde os acordos finais ainda estão sendo construídos.